quinta-feira, 12 de novembro de 2009

FENÔMENO E CONTEXTO, A MENSAGEM DE PAULO EM ATENAS.

Para fundamentar nossa premissa de que para que haja comunicação intercultural eficaz é preciso que haja conhecimento cultural prévio. Vejamos um antigo relato que segundo Richardson (1995), citando um autor grego do século III a.D. , provavelmente aconteceu em alguma época, durante o sexto século antes de Cristo, numa reunião do Conselho da Colina de Marte (Acrópole). Uma praga cruel grassava a já mundialmente conhecida cidade de Atenas. Segundo o autor, o conselho da cidade se reuniu para deliberar a respeito de uma possível solução para este calamitoso problema. Diz a história que para isso, eles consultaram o Oráculo de Pítias (na pessoa de uma sacerdotisa), e que este lhes ordenou que procurassem em Cnossos, na Ilha de Creta, por um certo Epimênides, este, teria uma resposta para o terrível problema. O escolhido para ir ao encontro de Epimênides foi Nícias, um dos membros do conselho. Nícias, imediatamente empreendeu viagem e dentro de pouco tempo já se encontrava em contato com Epimênides, que prontamente atendeu seu pedido, e sem delongas, viajou com Nícias de volta a Atenas. Epimênides ficou estupefato com a grande quantidade de deuses que já amontoavam os dois lados da estrada que levava ao Porto de Pireu. Outras centenas adornavam uma montanha rochosa, a conhecida Acrópole, onde uma geração mais tarde, os atenienses construiriam o Paternon.

Diz à história que Epimênides dispensou as honras e logo tratou de comunicar aos atenienses que no dia seguinte, bem cedo, lhe conseguissem um rebanho de ovelhas, um grupo de pedreiros e uma grande quantidade de pedras e argamassa e que levassem tudo para o pé da Acrópole. As ovelhas teriam que ser coloridas, algumas brancas e outras pretas. As mesmas não poderiam se alimentar durante toda à noite e Epimênides certificou-os que as mesmas deveriam estar famintas. Segundo Richardson (1995), no dia seguinte tudo estava da forma como o sábio Epimênides havia ordenado. Então o mesmo alçou voz, e falou:

Sábios anciãos(...) vocês já se esforçaram muito ofertando sacrifícios aos seus numerosos deuses; entretanto, tudo se mostrou inútil. Vou agora oferecer sacrifícios baseado em três suposições bem diferentes das suas. Minha primeira suposição (...) é que existe ainda outro deus interessado na questão desta praga – um deus cujo nome não conhecemos e que não está, portanto, sendo representado por qualquer ídolo em sua cidade. Segundo, vou supor também que este deus é bastante poderoso – e suficientemente bondoso para fazer alguma coisa a respeito da praga, se apenas pedirmos a sua ajuda. Invocar um deus desconhecido? Exclamou um dos anciãos. Isso é possível? A terceira suposição é a minha resposta à sua pergunta, replicou Epimênides. Qualquer deus suficientemente grande e bondoso para fazer algo a respeito da praga é também poderoso e misericordioso para nos favorecer em nossa ignorância – se reconhecermos a mesma e o invocarmos! (Richardson. 1995, p. 12).

Após este caloroso discurso Epimênides, mais uma vez alçou voz e pronunciou diante de todos os presentes a seguinte oração:


Ó tu, deus desconhecido! Contempla a praga que aflige esta cidade! E se de fato tens compaixão para perdoar-nos e ajudar-nos, observa este rebanho de ovelhas! Revela tua disposição para responder, eu peço, fazendo com que qualquer ovelha que te agrade deite na relva em vez de pastar. Escolha as brancas se elas te agradarem; as pretas se te causarem prazer. As que escolheres serão sacrificadas a ti – reconhecendo nossa lamentável ignorância do teu nome! (Richardson. 1995, p. 12).

Ora, após a oração, Epimênides sentou-se no chão, e em seguida ordenou para que as ovelhas famintas fossem soltas sobre a grama verdejante da colina sagrada. Para espanto de alguns, algumas ovelhas não pastaram, tão somente deitaram-se e descansaram sobre a relva suculenta. Segundo Richardson (1995), o cretense pediu para que as ovelhas que agiram daquela maneira fossem separadas e que no exato local onde elas se deitaram e descansaram, os pedreiros erigissem altares, um para cada ovelha que se deitou, para que, conforme o mesmo mencionou durante a oração, as mesmas fossem sacrificadas sobre estes.

Os pedreiros, havidos por se livrarem de uma vez por todas daquela terrível praga, logo trataram de fazer conforme Epimênides havia ordenado. Sendo assim, uma vez que os altares se encontravam prontos, um dos conselheiros do grupo mais jovem perguntou: Qual o nome do deus que gravaremos sobre esses altares? Epimênides, então, respondeu:

Nome? Repetiu Epimênides, como se refletindo. A divindade, cuja ajuda buscamos, agradou-se em responder à nossa admissão de ignorância. Se agora pretendemos mostrar conhecimento, gravando um nome quando na verdade não temos a menor idéia a respeito dele, temo que vamos apenas ofendê-la. Não podemos correr este risco, concordou o presidente do conselho. Mas com certeza deve haver um meio apropriado de – dedicar cada altar antes de usá-lo. Tem razão, sábio conselheiro, existe um meio. Inscrevam simplesmente as palavras Agnosto Theo – a um “deus desconhecido” – no lado de cada altar. Nada mais é necessário. (1995, p. 13).


As ovelhas em fim foram sacrificadas e na mesma noite já se percebia o recuar da praga. No decorrer de uma semana todos os doentes haviam sarado. O fato é que toda a Atenas se “encheu de louvor” ao Deus desconhecido de Epimênides . Mas, com o correr do tempo, o povo de Atenas começou e esquecer-se da misericórdia do deus desconhecido. Seus altares na colina foram completamente abandonados e os vândalos, pouco a pouco, os foram destruindo. O mato e o musgo dominaram os despretensiosos altares e inevitavelmente Atenas, mais uma vez, se viu dominada pelo panteão de deuses pagãos que se empilhavam por suas ruas de pedra e argila.

Ainda segundo Richardson (1995), dois anciãos, muito tempo depois passavam diante de um destes altares e pelo fato de terem participado de toda esta empreitada, logo se recordaram de todo o ocorrido exatamente da forma como aconteceu. Lembraram-se da misericórdia do deus desconhecido e como este foi misericordioso em livrá-los da praga. Por isso, estes escolheram um dos altares que ainda estava em boas condições e deliberaram sobre a possibilidade de o acrescentarem a lista de despesas perpétuas da cidade, como uma forma de preservar pelo menos um desses altares para posteridade, bem como a história de Epimênides, que devia ser mantida viva entre as suas tradições. Depois desta seção nostálgica, os anciãos acharam por bem, fazer como tinham combinado.

Todo este relato, conforme mencionamos, baseou-se, segundo Richardson (1995), em uma tradição registrada como história por Diógenes Laércio, numa obra clássica da literatura grega. O fato que queremos lançar luz, ao citá-la, é que muito tempo depois chegava à cidade de Atenas o Apóstolo Paulo, e este, segundo o relato de Lucas no livro de Atos, ao passar por uma das ruas de Atenas, percebeu um altar que era completamente diferente dos demais e isto aguçou sua mente iluminada pelo Espírito Santo.


Em face de tamanha idolatria, conforme expomos, o espírito de Paulo revoltava-se. Começara ele a pregar “na praça todos os dias, entre os que se encontravam ali” (At 17.17). Os que se encontravam ali eram alguns dos filósofos epicureus e estóicos os quais contendiam com ele, havendo quem perguntasse: Que quer dizer este tagarela? Outros diziam que o apóstolo parecia ser pregador de estranhos deuses. Esta última sentença aponta para o fato que Paulo utilizara Theos (palavra grega para Deus) em sua pregação. Ora, os gregos sabiam que Xenofonte, Platão e Aristóteles (três grandes filósofos) usaram Theos como nome pessoal para um “Deus Supremo” em seus escritos (Richardson 1995). Por isso, Theos era um nome familiar para eles. Sendo assim, o que lhes causou tamanha surpresa quando da pregação de Paulo? Esta surpresa pode ser entendida da seguinte maneira:

É possível, portanto, que não fosse Theos, mas o nome Jesus, pouco familiar, que tivesse levado os filósofos a pensar que Paulo estava “pregando deuses estranhos”. Eles talvez ficassem também espantados com a idéia de alguém querer introduzir mais um deus em Atenas, a capital mundial dos deuses! Em resumo, os atenienses devem ter tido necessidade de uma lista de tamanho equivalente às páginas amarelas para controlar as inúmeras divindades já representadas em sua cidade!” (Richardson 1995, p. 18).

Ora, Paulo precisava expor aos atenienses que ele não estava tentando introduzir mais um deus em seu enorme panteão. Precisava fazer com que os atenienses entendessem a singularidade do Deus o qual ele estava pregando. Mas, o que fazer? Segundo Richardson (1995), há muito Paulo já possuía a resposta, vejamos:

Jesus Cristo fornecera a Paulo uma formula-mestra para enfrentar problemas de comunicação transcultural como o de Atenas. Falando através de uma visão tão convincente que deu a Paulo novas perspectivas e tão brilhante que o deixou temporariamente cego, Jesus havia dito: ”Para os quais eu te envio, para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para luz” (At 26.17-18). A lógica de Jesus era impecável. Quando as pessoas devem voltar-se das trevas para a luz, é necessário que seus olhos se abram primeiro para que possam ver a diferença entre ambas. O que é preciso para abrir os olhos de alguém? Um abridor de olhos! (1995, p. 18).

O abridor de olhos, o qual Richardson (1995) se refere, é justamente o parâmetro cultural utilizado pelo missionário, na tentativa de fazer com que os nativos (neste caso os atenienses) entendam, através de sua própria cultura, as verdades supraculturais da Bíblia. No caso que estamos tratando percebemos que Paulo era judeu, renascido cristão. Como ele descobriria, em uma Atenas infestada de deuses pagãos, um abridor de olhos para o Deus Supremo? É simples, ele teria que conhecer a cultura ateniense e através dela associar o caráter divino da mensagem a uma realidade compreensível.

Ora, Paulo conhecia profundamente a cultura ateniense, e era um exímio pregador da mensagem cristã. Por causa disso, ele não teve problemas para conseguir uma ponte para a mensagem. O parâmetro cultural que ele utilizou a muito já fazia parte da história deste povo. Paulo utilizou como “abre olhos”, para uma melhor compreensão de sua mensagem, a famosa história do “deus desconhecido”. Conforme lemos na narrativa de Atos, Paulo já havia “passado e observado” e descobriu algo “no sistema” que não fazia parte “do” sistema. Era um altar que não se associava a qualquer outro ídolo. Um altar com a curiosa inscrição, “ao deus desconhecido” (Richardson 1995). Paulo percebia através de todas estas características livres de sincretismo, algo que poderia abrir as mentes e os corações daqueles filósofos estóicos e epicureus.

O que temos em seguida exemplifica muito bem o assunto proposto, uma vez que Paulo inicia sua pregação da mesma forma como faria em qualquer outro lugar. Só que em dado momento ele “contextualiza” com os atenienses e transmite-lhes a mensagem de uma forma compreensível à sua cultura e momento histórico, retirando-lhes o véu que os impediam de ver a verdade que a muito estava latente aos seus olhos. Ele diz: “Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos; porque passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO”. Após esta introdução fantástica o apóstolo continuou com uma declaração que aguardara cerca de seis séculos para ser pronunciada. E que em poucas linhas é um dos mais plenos exemplos de uma comunicação contextualizada. “Pois esse que adorais sem conhecer, é precisamente aquele que eu vos anuncio” (At 17.22-23). Com esta declaração estonteante os atenienses percebiam que o Deus pregado por Paulo de maneira alguma lhes era estranho, absolutamente, ele há muito era representado pelo singelo altar de Epimênides. Tratava-se, portanto, de um Deus que já interferira na história de Atenas. Tendo certamente o direito de ver o seu nome proclamado ali! (Richardson 1995).

Esta verdade só se tornou pertinente e significativa aos atenienses por que Paulo pregou de maneira que os mesmos compreenderam. Ou seja, Paulo pregou uma mensagem extraída única e exclusivamente das Boas Novas do evangelho, todavia, através de parâmetros culturais inerentes aos atenienses – o altar ao “deus desconhecido”. O Apóstolo só utilizou este altar como ponte, por que sabia que o mesmo estava livre de toda e qualquer associação sincrética ou pagã, pois, este não era associado a nenhum deus ateniense (ou seja, não tinha qualquer simbolização idólatra), tinha livrado os atenienses da praga há muito tempo atrás (fato que revelava seu imensurável poder e singularidade) e em nenhum momento se envolveu na história ateniense se não nestes termos (revelando ser um Deus tão poderoso que não levou em conta a ignorância ateniense). Paulo compreendia isto muito bem, uma vez que há muito já tivera contato com a história de Epimenides, fato que é comprovado através de uma citação que Paulo faz em uma de suas cartas pastorais. “Foi mesmo dentre eles, um seu profeta que disse: cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos. Tal testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente para que sejam sadios na fé” (Tt 1.12-13). Estas palavras que foram citadas pelo apóstolo, segundo Richardson (1995), se encontram em um antigo poema atribuído a Epimênides. Os membros do Areópago devem ter ficado surpresos quando descobriram ser o evangelho uma mensagem perceptiva, clara e objetiva. Isso graças a Contextualização.

Após lançar luz à mente dos gregos, Paulo continuou seu articulado discurso. Ele sabia que a mensagem cristã visava não só edificar os santos, mas também denunciar os pecadores. Com certeza as sentenças seguintes que criticavam a idolatria bem como a adoração a imagens provocaria certo desconforto aos atenienses. Mas, o verdadeiro missionário possui compromisso apenas com a verdade. E Paulo compreendia isso muito bem. A mensagem não deve ser “amenizada” para não chocar os ouvintes, muito pelo contrário, ela deve ser pregada em toda sua extensão, para só assim, provocar uma verdadeira transformação; uma genuína conversão.

Segundo Richardson (1995), Paulo só pecou em um único ponto (no que diz respeito a estar pregando para filósofos), pois, em seu acalorado discurso “ele mencionou a ressurreição do homem que Deus autorizou para julgar o mundo, sem explicar primeiro como e porque ele teve que morrer”, Fato que causou, pela primeira vez, um espaço na “lógica” de sua pregação. O que fez com que os filósofos desabonassem o restante da mensagem para seu próprio fracasso espiritual. “Quando ouviram falar de ressurreição de mortos, uns escarneceram, e outros disseram: A respeito disso te ouviremos depois noutra ocasião. A essa altura Paulo se retirou do meio deles”. (At 17.32-33).

Até mesmo um apóstolo como Paulo pode encontrar dificuldades na comunicação transcultural!

Mas, o motivo que nos impulsionou a tomar esta passagem como exemplo de mensagem contextualizada, não foi a negação dos filósofos que provavelmente não quiseram mais ouvir o discurso, por que este, a muito, já os inflamava, uma vez que combatia a idolatria e o seu orgulho à consistência racional, mas, pelo fato que “Nem todos descreram de Paulo por ter mencionado a ressurreição” (Richardson 1995). “Houve, porém, alguns homens que creram; entre eles estava Dionísio, o aeropagita, uma mulher chamada Dâmaris e, com eles, outros mais” (At 17.34). Mesmo cercados de discursos que requeriam para si autoridade divina, essas pessoas creram salvificamente no evangelho que fora pregado de forma contextualizada, o qual reuniu as condições necessárias para levá-los a uma reflexão que culminou em salvação. Por causa desta verdade, temos plenas condições de considerar a abordagem utilizada pelo Apóstolo Paulo de “uma empreitada de sucesso”. Para a Glória de Deus!

Depreende-se, portanto, que a contextualização é indispensável para a perfeita comunicação do evangelho. Uma vez que ela serve como um abre olhos, que desobstrui a mente e o coração do indivíduo para a conversão e conseqüentemente para a salvação em Cristo Jesus. Este processo requer um estudo prévio da cultura a que se destina alcançar, pois, a ponte utilizada para exemplificação da mensagem deve estar livre de toda e qualquer associação sincrética, bem como pagã, para que o indivíduo não tenha nenhum tipo de idéia equivocada da mensagem sagrada que está recebendo, nem a associe a parâmetros culturais que não se coadunem com a mensagem divinamente inspirada, à semelhança do que Paulo conseguiu em Atenas.

Por fim, sendo o mais importante. Todo este “processo de contextualização” deve, em todas as suas áreas, ser iluminado e dirigido pelo Espírito Santo de Deus. O qual convence o homem da justiça, do pecado e do juízo .

3 comentários:

Unknown disse...

Aio Jamerson, graça e paz!!!!
A perspicácia do nosso irmão Paulo é algo assim de plataforma superior,porque conseguir pregar o evangelho num contexto totalmente pagão onde deuses e mais deuses eram adorados e ainda por cima sem ofender ninguém é algo sem precedentes.O que nós vemos hoje querido amigo,é o oposto disso pessoas sendo taxadas disso e daquilo por aqueles que se dizem autoridades constituidas por Deus sem o menor tato para tratarem com pessoas de uma cultura diferente, chegando a ponto de ofendê-las e ridicularizá-las por terem uma crença diferente da nossa, e o pior tais pessoas se dizem comissionadas por Deus para serem missionários(as)transculturais. Quem nos dera que essas pessoas lessem mais atentamente Atos 17.16-34 e pudessem perceber as nuances da pregação contextualizada de Paulo que diga-se de passagem foi supracultural!!!!Até a próxima!!!O blog está muito coerente e relevante!!!!

Igor disse...

A questão do "abre olhos", utilizada por Paulo para pregar o evangelho, (aproveitando do contexto de uma determinada sociedade) fora utilizada por muitos, por exemplo, os europeus (de forma distorcida) provavelmente utilizaram deste meio para pregar o cristianismo aos povos Mesoamericanos (Maias, Astecas e Incas), ou seja, a crença desse povo estava voltada aos sacrifícios humanos, pois era uma representação ou simbologia do que os deuses fizeram por eles, deram suas vidas para que a humanidade existisse, fora seu sangue que deu vida ao homem. O sangue era a representação da continuação da humanidade, uma oferta aos deuses para que o ciclo vital não cessasse, sendo assim para os europeus (espanhóis a priori) a crença destes povos se assemelhava ao que nosso Deus fez por nós, se sacrificou para que nós tenhamos vida eterna. Porém a pregação era honrosa, mas o intuito deplorável, pois, não existia o amor que é a característica principal do cristianismo, o interesse era simplesmente demonstrar a superioridade dos europeus em todos os aspectos aos povos nativos, era um interesse político – econômico. O catolicismo perdendo campo na Europa devido à reforma protestante viu que o “novo mundo” era uma oportunidade de reerguer seu imperial. Mas demonstrando a maldade com a falta de alteridade para com este povo, pois o cristianismo foi imposto através da força e não com exemplo do amor fraterno, o qual Cristo nos ensinou.

Rosa disse...

Muito bom o comentário, essa passagem de Paulo por Atenas não poderia ser menos polêmica, um grande homem, numa grande terra! E como os ateniensses poderiam não se espantar de a Anastasis estava alem da compreensão grega?
Tomei a liberdade de expandir a discussão no meu blog.